domingo, 13 de setembro de 2020

O FIM DO ÉDEN: O INÍCIO DE TODA RELIGIÃO. Josimar Salum


O FIM DO ÉDEN: O INÍCIO DE TODA RELIGIÃO.

Josimar Salum


O homem e a mulher viveram no jardim na mais perfeita expressão de humanidade, em plena liberdade, em profunda comunhão com Deus, sem rituais, sem preces e sem obrigações religiosas de qualquer espécie. 


No Jardim do Eden Deus e o homem relacionavam-se dia e noite.


E, como eles tinham plena comunhão com o Criador, jamais sentiu a necessidade de fazer qualquer coisa que O atraísse para perto deles. Deus estava presente, perto, sem lhes tolhir a Liberdade. Onde está o Espírito do Senhor há Liberdade.


Embora as Escrituras não o digam por certo Adão - homem e mulher não oravam. Não faziam preces ou rezavam, apenas conversavam com Deus com a mesma naturalidade que conversavam um com o outro. 


Deus estava com eles todo o dia e não somente ao cair da tarde. Orar não é uma atividade espiritual, orar é falar com Deus.


O Reino de Deus na Sua Plenitude estava sobre toda a Terra e Sua Vontade era feita no Jardim como era feita nos Céus.


O homem e a mulher trabalhavam cultivando o jardim; tudo o que faziam era adoração. Por isso, o fim do Éden foi o fim da adoração e o início de toda religião.


Jesus e os discípulos nasceram e cresceram em um ambiente religioso, também de ricas tradições, de histórias e experiências poderosas da ação de Deus no passado. Entretanto, verdadeiramente nem Jesus e, depois que passaram a seguir a Jesus, nem os discípulos seguiram uma religião, ou seja, não faziam parte de nenhuma.


Jesus não praticava o Judaísmo. É certo também que Jesus não fundou o Cristianismo. Ele não fundou nenhuma religião.


As boas novas que Jesus pregou produziam o desespero dos religiosos e a alegria das multidões. Boas novas eram notícias de alegria, celebração, boas surpresas a todo o momento.


Jesus proclamou as boas novas do Reino para todas as áreas da existência. Jesus era o Santo dos santos, a Arca da Aliança, a Shekinah perambulando entre os homens. Deus há muito não estava sobre os querubins no santo dos santos do templo dos homens.


O Reino eram as boas novas. O Reino contrastava com a religião de seus pais que era apenas parte dessa existência. Todo o povo vivia baixo à tirania do Império Romano o qual difundia uma opressão generalizada somada à opressão religiosa. O Reino era tudo.


Toda religião baseia-se inteiramente na experiência e no registro do passado de outras pessoas. Seguir a Jesus é deixar a religião dos antepassados para viver com Ele no presente.


Seguir a Jesus não pode ser religião porque religião condiciona o estilo de vida do indivíduo. O estilo de vida está posto para se adequar à religião.


Seguir a Jesus é o próprio estilo de vida. É a própria caminhada no Caminho no ermo. Coisa Nova. Coisa Nova. O que se faz aqui se faz em qualquer lugar e templo é apenas um lugar qualquer não mais sagrado do que qualquer quarto de nossa casa.


Quando Jesus foi batizado por João, renunciou e rompeu de vez com a religião de Seus pais.


Quando os discípulos ouviram e responderam ao “Vem e segue-Me” de Jesus, naturalmente deixaram para trás sua vida religiosa, e não podia ser diferente, para se tornarem somente seguidores de Jesus.


Jesus participou de todas as festas religiosas dos judeus, mas não se prendeu ao que representavam ou significavam. Eram sombras do que havia de vir. E Jesus estava ali, já tinha vindo. Ele era a revelação final de cada uma dessas sombras.


A “Páscoa”, e deveria ser a última, que comeu com os discípulos antes de morrer na Cruz, não foi celebrada como um ritual ou como um memorial da libertação e saída de Seu povo do Egito simplesmente, mas ali mesmo inaugurou a Nova Aliança com Seus discípulos.


A Páscoa era uma festa da Antiga Aliança; todo ano comemorava-se a Páscoa e matava-se um cordeiro para ser comido por inteiro. O Cordeiro Pascal era Jesus. E Ele estava presente.


A Nova Aliança tem somente um Cordeiro, morto uma só vez para sempre, que ressuscitou. O Cordeiro está vivo.


Isso é tão diferente da Antiga Aliança, que exigia todo ano um cordeiro morto. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Tira o pecado do mundo porque, tendo sido morto, agora vive.


#ASONE

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