terça-feira, 29 de outubro de 2019

Pastores Brasileiros nos Estados Unidos: Por um odre novo para um tempo novo. Por Josimar Salum

Fotografia da primeira reunião de trabalho de pastores em Washington, DC no
 dia 10/9/2019 com o intuito de lançar uma organizaçao nacional de pastores
Pastores Brasileiros Nos Estados Unidos: Por um odre novo para um tempo novo.

A APEB USA pode ser este odre novo para este tempo novo

A comunidade brasileira nos Estados Unidos tem se desenvolvido muito nos últimos 10 anos. São notórias as participações de vários seguimentos da comunidade nas mais variadas esferas da sociedade americana. Temos avançado a passos largos para consolidar nossa presença nesta terra dos livres e lar dos corajosos.

Visita de pastores brasileiros e hispanos na Casa Branca para receber isntruções do Governo Americano.
Na representação dos anseios deste povo muitos brasileiros individualmente têm se destacado no país nos campos da educação, da religião, dos negócios, da saúde, da mídia, da cultura, das artes e do entretenimento, e até na política. 

Desde o início do ano 2000 muitas iniciativas afloraram entre os evangélicos e protestantes para reunirem pastores e líderes eclesiásticos em organizações que visavam promover a unidade entre eles. Destacam-se dentre outras duas organizações, uma fundada na Flórida em Setembro de 2004, APEB - Associação de Pastores Evangélicos Brasileiros do Sul da Flórida e em Novembro do mesmo ano, BMNET - Brazilian Ministers Network em Cambridge, Massachusetts. 


Algumas outras iniciativas surgiram, algumas institucionalizadas, como a Associação de Pastores Evangélicos Brasileiros de Orlando e outras que não se institucionalizaram como a União Fraternal de Pastores de Língua Portuguesa em Fall River, Massachusetts e o Café de Pastores de Boston, mas que tem desempenhado um papel muito importante na vida de muitos pastores.

Antes destas organizações e iniciativas destacaram-se o Conselho de Pastores Evangélicos da Nova Inglaterra, a CIBRA e a Aliança de Pastores ligada a ABC-USA que abrigava pastores de várias denominações embora debaixo do guarda-chuva batista.

Vale ainda destacar as organizações de pastores a nível denominacional que como as ordens de pastores batistas, as associações de pastores assembleianos de alguns ministérios distintos e outras agremiações vem despenhando um bom papel em reunir os pastores para encontros de comunhão, confraternização, apoio mútuo, promoção comum de projetos e oração. 


Urge no cenário nacional a necessidade de uma organização (odre) que desempenhe com simplicidade, sem exagero, alguns objetivos que sirvam a comunidade brasileira como um todo: 

1) Ser uma voz profética; 

2) Atuar na promoção de Justiça e Ações Sociais;


3) Facilitar meios de educação e aprimoramento das lideranças pastorais; 

4) Servir como uma representação política dos anseios da comunidade;

5) Liderar um movimento nacional de oração e intercessão constante; 

6) Servir aos pastores e suas famílias para fomentar-lhes sua saúde física, emocional, mental e ministerial;

7) Manifestar a unidade através de relacionamentos. 

É preciso uma organização nacional que não tenha uma liderança piramidal, de modelo presidencialista, engessador, que é comum em algumas denominações e entidades evangélicas. Em palavras bem populares, que não seja uma organização liderada por caciques, comandadas por estrelas isoladas e nem exerça autoridade de cima para baixo. É preciso inspirar em Jesus que veio não para de servido, mas para servir. 


A alternativa para este modelo quase que ditatorial é o estabelecimento de uma diretoria com até 25 membros (board of directors) com representantes de cada região - pessoas que tenham influência entre os pastores de modo geral; e no seio desta Diretoria (Board of Directors) que tenha uma Diretoria Executiva (Executive  Board) com 7 membros: dois “Chairmen” que trabalhem em harmonia, diferente de ter-se um presidente seguindo por um vice, 3) um secretário, 4) segundo secretário, 5) tesoureiro 6) segundo tesoureiro ou CFO e 7) um CEO ou Diretor Executivo. 


A função desta Diretoria Executiva é implementar o que a Diretoria Geral aprova, os “chairmen” ou "chairpersons" são moderadores, presidem a organização com a mesma autoridade, não tendo uma autoridade individual que o cargo ou título lhe proporcione, mas juntos exercem as mesmas funções e dão apoio ao CEO e o CEO lidera, administra  e norteia a organização, apresentando junto com a Diretoria Executiva os projetos para a apreciação da Diretoria Geral, serve como executor das decisões, supervisiona todas os departamentos e atividades da organização e principalmente, interage, intercomunica, atende aos pastores individualmente em todo o país e representa a organização junto à sociedade e junto às autoridades. 



Se você visualizou bem está estrutura simples você terá visto uma pirâmide de cabeça para baixo onde a Diretoria Geral, a Diretoria Executiva e o CEO servem a organização e seus membros com um mandato de serviço sem exercer uma função presidencialista, mandante, investida pelo cargo ao invés de ser investida pelo trabalho e serviço. Cada um serve aos membros da organização e não a organização, porque todos servem, sem exceção. Trata-se de uma autoridade baseada no serviço, no ministério e não na posição dentro da organização.

Com estes objetivos temos conversado com alguns líderes há quase dois anos, correndo atrás de um sonho de mais de quase duas décadas para ver os pastores brasileiros alinhados não em uma organização, mas numa causa maior de ver nossa comunidade representada especialmente diante das autoridades americanas que estão à espera de nossa capacitação para isto.



Foi-se o tempo em que as pessoas davam seu sangue e vida por organizações. Mas apresente uma causa justa, atraente e animadora e muitos se dedicarão a ela. Isto se torna um movimento mais que uma outra organização, porque os pastores já tem as suas organizações e precisam participar de algo que seja leve, prazeroso, que não gere competição e que seja saudável e seguindo o que Jesus ensinou que o maior, ora, o maior servirá o menor. 

Por um modelo com alvos claros como estes em que cargos não sejam nominais, mas expressões de muito trabalho, dezenas e quiçá centenas de pastores afluirão para um movimento assim que se torne uma causa justa em um tempo como este em que nosso povo precisa demais dar um salto seguro para o futuro. A uma causa assim dedicarei e seguirei alegre neste movimento, para servir com outros uns aos outros. Doutro modo, já nasceríamos como um odre velho que não pode receber o vinho novo de Deus para esta estação.

Oração na primeira reunião de trabalho em 10/9/2019 
em Washington, DC para lançar uma organização nacional de pastores







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