Com Muito Dinheiro e Sem o Poder de Deus
Josimar Salum
Por que o sucesso tornou-se uma prioridade na vida de milhares de líderes cristãos e os meios para alcançá-lo cada vez mais distantes da Palavra de Deus que dizem proclamar?
O deus deste século é Mamom e as medidas de seu domínio há muito invadiram os arraiais evangélicos, protestantes, pentecostais e por toda a história, os arraiais católicos apostólicos romanos.
A busca sórdida dos prazeres deste mundo tem feito sucumbir muitos líderes evangélicos e pentecostais recentemente.
E nem mesmo todos os escândalos e exemplos negativos são capazes de impedir outros de caírem. É que qualquer um de nós é seduzido e engodado pela nossa própria cobiça.
As medidas de sucesso de muitos líderes estão enganando seus corações, e estes, seja pelos prazeres deste mundo, do adultério e da prostituição física ou espiritual, pelas luxúrias ou pela ganância, somente proclamam domingo após domingo mensagens de prosperidade falsa, abundância de bens, tesouros na terra, riquezas sem fim e palestras motivacionais para manterem a clientela domingo após domingo enfeitiçada com mensagem híbrida do Evangelho com humanismo.
As medidas de sucesso de muitos líderes estão enganando seus corações, e estes, seja pelos prazeres deste mundo, do adultério e da prostituição física ou espiritual, pelas luxúrias ou pela ganância, somente proclamam domingo após domingo mensagens de prosperidade falsa, abundância de bens, tesouros na terra, riquezas sem fim e palestras motivacionais para manterem a clientela domingo após domingo enfeitiçada com mensagem híbrida do Evangelho com humanismo.
A Santidade e a Salvação do Senhor há muito já foram substituídas pela pregação de ofertas cada vez mais gordas. A cobrança de cachês por pregadores tornou-se prática comum. Desconhecem "de graça recebei, de graça dai" e dígno é o obreiro de seu sálario. O obreiro é digno de seu salário, o mercenário mede-se em outros padrões.
E os olhos das “ovelhas” que contribuem piscam sem parar, cheios de cifrões, porque querem cada vez mais para satisfazer seus desejos consumistas e todos com suas ações estão dizendo: “Ah! Os milhões que perecem sem o Evangelho morram, não é nossa responsabilidade. São destes missionários pobres, sem dinheiro, que abandonaram tudo para viverem nas searas de Deus! De vez em quando a gente envia uma ofertinha para um deles. Aí estampamos no mural da “igreja” que somos uma igreja que ama missões”.
Mentira! Mais de 50% das entradas das igrejas não são gastas com a obra missionária e a maior parte do dinheiro que se gasta não gera sequer uma pessoa para o Reino.
Imagine: Se temos 100.000 igrejas, temos 100.000 pregadores que pregam 100.000 sermões todos os domingos. Se essas igrejas têm dois cultos por semana são 100.000 igrejas com 100.000 pregadores que pregam 200.000 sermões por semana. São ao final do ano 10.400.000 sermões pregados a cada ano. Meu Deus, se não fossem o remanescente fiel que com certeza são milhões pensaríamos que tudo está perdido. É que a mídia dos artistas é mais poderosa que o que fazem os milhões de fiéis que nunca aparecem. Você não tem idéia de quantos milhões estes mercenários da fé movimentam. Você acha que estou amargurado? Não estou. Estou cheio de fogo do zelo do Senhor. Seja o Senhor misericordioso e ajuda a Sua Noiva pura, santa, imaculada. Se o que tem não é puro, não é santo, não é imaculado não é a Noiva, é uma amante qualquer.
Onde estão as mudanças e transformações profundas nas cidades e vilas onde todas essas pregações são proclamadas? Suas pregações na estrondosa maioria falam de Deus, mas não é a proclamação do Reino. Onde o Reino foi pregado nos lugares por onde os apóstolos no primeiro século pisaram vidas foram transformadas e avivamentos transformadores aconteceram. Onde estão os resultados de Atos dos Apóstolos entre nós?
Essa igreja da pregação da prosperidade, das campanhas de ofertas pelo rádio, pela TV, pela internet, dos milhões de negócios dos evangélicos está perdida, sem poder, não pode salvar-se a si mesma.
É preciso nos humilhar e reconhecer que somos pobres de Poder de Deus.
Odeio a pobreza, a miséria na vida das pessoas. Odeio o pecado que leva as pessoas a viverem como andarilhas. Mas também odeio a riqueza opressora, que faz outros tantos miseráveis. Não venha dizer que sou contra os crentes entregarem seus dízimos e ofertas, que não creio no Deus que dá poder para adquirir riquezas, que não creio no Deus que deseja que eu seja cabeça e não cauda, que empreste em vez de tomar emprestado e que coma o melhor desta terra. Eu creio num povo abençoado como este generoso, que reparte o Seu pão com o faminto, que abriga em casa o desterrado. Você como eu não pode socorrer todo mundo, mas podemos socorrer alguns.
Essa insistência de pedir dinheiro sem parar, no "ministério" de muitos líderes, é apenas o sintoma de uma queda que se anuncia. E vão caindo por todos os cantos, de um modo ou de outro. A resposta que obtêm de milhares é a razão pela qual vivem: para enriquecerem a si mesmos e continuarem desprezando o pobre, a viúva, a obra missionária e as causas do Reino de Deus.
É preciso que reconheçam que estão numa crise terrível de legitimidade na liderança evangélica, que essa avalanche de líderes que se divorciam, envolvem em escândalos, que vivem numa competição desenfreada entre si, que constroem impérios cada vez maiores em torno de si mesmos é sintoma de uma igreja apóstata que vive a manifestação do anticristo em seu seio.
É urgente e necessário voltar-se totalmente para Deus e para Sua Palavra, para a simplicidade do Evangelho, para a exclusiva Pregação da Mensagem da Cruz.
Estes milhões precisam abandonar os modismos, os esoterismos, os misticismos, os amuletos, o brilho do palco e da plataforma e se voltarem ao ajoelhar-se nos quartos escuros, aos montes onde os corações quebrantados se encontram com o Espírito, ao viver hoje para cumprir a restauração de todas as coisas, para Jesus vir hoje e a trabalhar para ganhar recursos para fazer a Sua obra enquanto Ele não vem.
A Igreja ocupa-se exclusivamente com o que é em Cristo – sua identidade - e não com o que tem ou com o que possui. Que aprendeu somente a buscar o Reino de Deus e a Sua Justiça pelo que Deus é, e não pelas coisas que serão acrescentadas. Sim, a Igreja que busca a face de Jesus mais do que busca as Suas Mãos. Porque o seu sucesso com Deus é medido pelo que ela é em Cristo e não pelo que tem nem pelo que alcança nesta vida passageira. "Se esperamos nesta vida somos os mais miseráveis de todos os homens."
O MANIFESTO: AOS CATÓLICOS, EVANGÉLICOS, PENTECOSTAIS E PROTESTANTES. Versão digital gratuita clique aqui
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