domingo, 19 de julho de 2015

Não há nada errado em seguir a profissão de cantor evangélico, motivador evangélico, palhaço evangélico...

Trecho do livro  

Estou indignado com os diálogos de pastores, cantores e membros de bandas evangélicas em busca de melhores condições de trabalho no Mercado. Não há nada errado em seguir a profissão de cantor evangélico, músico evangélico, engenheiro evangélico de som, palestrante evangélico, motivador evangélico, palhaço evangélico, etc. Podem cobrar seus shows, seus CDs, livros, consultorias, construírem suas empresas, seus estúdios. Mas não cobre e não misture o produto de vosso trabalho com o Evangelho de Jesus, pois não está á venda. Nunca esteve à venda.

O Evangelho de Jesus quando é cobrado deixa de ser Evangelho para ser qualquer coisa do bolso de algum mercenário.

O que deveria ser a penetração do Evangelho através da música na mídia tornou-se uma subcultura, um movimento religioso, que fatura tanto quanto o Vaticano fatura por todo o mundo com seus homenzinhos e mulherzonas de barro, fabricados em série os quais chamam de santinhos. E tem santinho evangélico também. Têm devotos, são os clubes de fãs.

A música Gospel deveria ser um estilo para influenciar a Cultura com valores e não para deixar-se ser usada para expressar os mesmos valores do mundo. 

A palavra fã é usada para identificar aquele indivíduo que admira entusiasticamente uma figura pública, geralmente do mundo do espetáculo. Informalmente é uma pessoa que nutre grande admiração por alguém ou alguma coisa, é o admirador. A palavra ‘devoto’ significa que provém de devoção, que inspira devoção, individuo muito religioso, admirador também. Devoção é veneração especial. Venerar é prestar culto, adorar, reverenciar, tratar com muito respeito. Na boca de milhares de pastores, cantores e cantoras não há Evangelho, há mensagem para satisfazer os desejos de seus seguidores.

O Evangelho virou pretexto para disfarçar a corrida da maioria deles pelo vil metal, já que a pressão deste sistema de Mamom há muito já anuviou ‘pregar por Amor a Jesus’, custe o que custar, com duas túnicas no corpo, somente pelo alimento que é digno o trabalhador. A piedade tornou-se fonte de lucro e grande! Os valores eternos tornaram-se desculpas e meros vocábulos para mascararem a verdadeira intenção de seus corações, já que oração, comunhão com Deus, vida santa não são necessários para fazer o que faz; cantar o que cantam e pregar o que pregam.

E que vida de relacionamento com Jesus? O ativismo da carreira, os projetos pessoais, a profissionalização do sermão e da música, as estruturas para comportarem esta engenhoca, os programas, as falas, as músicas, as luzes, as tonalidades, todo o ‘staff’ bem treinado para repetir tudo, cronometrado, até as risadas e os suspiros, em todos os cultos, que cultos? São shows e teatros. 

Josimar Salum


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