Tia Zeny e Rosiane, vocês são as pessoas mais lindas que conheço na vida! Seus corações cheios de ternura e simpatia extrapolam em boas obras, carinho e amizade sem fim. Como eu admiro vocês! Aqui publico a minha pequena homenagem!
Em nossas famílias experimentamos lutas, desafios, dores, tristezas, rusgas, atritos e muitas vezes temos sofrido com doenças, separações e enfrentamentos de momentos duros com aqueles que vão embora!
Estas coisas ocorrem em toda familia, não é mesmo? Ofendemos uns aos outros enquanto noutros tempos até defendíamos uns aos outros! A mão que alimenta e acode muitas vezes é a mesma mão que fere e rechaça!
Enfim, fato é que cada um de nós escrevemos nossas histórias, ora com lauréis, ora com perdas.
Todavia, em cada família que conheço, desfrutamos também de amor, de companheirismo, de solidariedade, de muitas alegrias e grandes esperanças.
Em tudo, por tudo e com tudo, não há nada mais poderoso em minha vida do que o perdão!
Brinco sempre que perdão é como uma grande perda! Mas falando seriamente quando eu perdoo, eu mesmo me liberto de toda a dor da perda, eu deixo ir para sempre o prejuízo, eu abro meu coração para a reconciliação e até mesmo se for possível para a restauração! Eu redimo a mim mesmo com a renúncia! Eu me desintoxico do ódio, da amargura! Eu me descarrego da ira e da vingança. Eu me conforto com aquele sentimento gostoso de poder ver a pessoa e amá-la novamente! Falar livremente! Abraçar novamente! Sonhar novamente! Isto é que é vida! E me aquieto segurando as mãos marcadas das feridas de Jesus como que Ele sacudindo nossas mãos juntas, pra cima e pra baixo, dizendo: Filho, quem perde tudo por amor a mim, ganha; quem perdoa, é perdoado, quem morre para si, verdadeiramente vive para a vida eterna, mas agora!
Ali, neste instante, eu volto a ser recém nascido, sem história, sem jamais ter ferido alguém, sem jamais ter sido ferido por alguém!
Eu volto em minhas memórias aos dias em que todos, como crianças brincávamos de maré, de pique e éramos tão felizes! Eu volto a ser criança!
Sim, eu volto a ser feliz como criança! E disposto a conviver novamente, a almoçar juntos novamente, a desfrutar do prazer de ser apenas criança sem bens, sem disputas, senão aquelas de lutar por um brinquedo num momento, para esquece-lo depois e abandona-lo num canto qualquer da casa!
Nossa vida não é um brinquedo! Coisas vem e vão! Mas o que conta mesmo para nós é que decidimos amar e assim perdoar, consciente e deliberadamente transformar uma grande perda em uma grande vitória e viver em comunhão como todos os meninos inocentes sujos apenas de poeira nas ruas de Cisneiros!
Josimar Salum
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